Se a radiografia obtida após injeção de contraste – colangiografia – mostrar a presença de cálculos na via biliar, ou de outro tipo de obstrução biliar, pode ser necessária a realização de abertura do orifício de drenagem da via biliar. Esse procedimento é chamado de papilotomia endoscópica. É feito com cortes produzidos por instrumentos próprios aquecidos pela corrente elétrica – bisturi elétrico – e é completamente indolor. A seguir, os cálculos são removidos da via biliar com a cesta de Dormia ou com o balão extrator.
É uma prótese endoscópica: um pequeno cilindro oco, introduzido pelo canal do endoscópico, para assegurar a drenagem da via biliar (passagem livre da bile para o intestino) ou do ducto pancreático (passagem livre das secreções pancreáticas para o intestino), ou ainda para alargar um segmento estreito na via biliar ou na pancreática. As próteses endoscópicas podem ser plásticas ou metálicas e autoexpansíveis. Podem ser utilizadas várias próteses ao mesmo tempo, no mesmo local. As próteses podem tornar-se obstruídas após poucos meses pelo material biliar depositado no seu interior, podendo haver retorno da icterícia (cor amarela dos olhos), o aparecimento de febre e calafrios. Neste caso, o paciente deve fazer contato imediato com seu médico assistente e conosco. Serão necessários internação hospitalar, uso de antibióticos pela via venosa, e a troca das próteses.
DRENO NASOBILIAR:
É um cateter cilíndrico de plástico oco e longo, que é introduzido, através do canal do endoscópio, até a porção intra-hepática da árvore biliar. Esse dreno é exteriorizado pela boca e depois passado pelo nariz. Tem o objetivo de aumentar a drenagem da via biliar e permitir a realização de novas colangiografias (radiografia da via biliar após injeção de contraste) sem necessidade de repetição da endoscopia.
Esses tratamentos para remoção de cálculos e para garantir a passagem de secreções por estreitamentos na via biliar e na via pancreática estão recomendados por serem mais simples e por possuírem menor risco do que as cirurgias convencionais correspondentes. Contudo, eles não são sempre eficazes na remoção dos cálculos ou no alívio das obstruções e podem estar associados a complicações.
As complicações potenciais incluem perfuração da parede duodenal, sangramento digestivo, inflamação do pâncreas (pancreatite aguda) e infecção da via biliar (colangite). Estas complicações são incomuns, porém podem ser graves. Para 5% dos pacientes, essas complicações podem implicar na necessidade de retardar a alta hospitalar, e para 1 a 2% dos pacientes pode haver necessidade de internação em unidades de terapia intensiva, de transfusões sangüíneas, e de cirurgias de emergência. A mortalidade associada à CPER e a suas complicações é inferior a 1%.
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