Endoscopia digestiva alta é o exame visual do revestimento interno – mucosa – do esôfago, do estômago e da primeira e segunda porções do duodeno.
É realizada por meio de um videoendoscópio – um tubo longo, fino e flexível, com um sofisticado sistema gerador de imagem, a qual é exibida, em tempo real, em um monitor de vídeo. O sistema de videoendoscopia permite ainda que imagens sejam registradas e impressas na forma de fotografias, que acompanham o laudo.
Com este procedimento é possível diagnosticar anormalidades presentes na mucosa das regiões examinadas. Se necessário, podem ser realizadas biópsias – pequenos fragmentos de tecido, obtidos de forma indolor durante o exame – para diversos tipos de análise laboratorial.
Alguns tratamentos podem ser feitos durante a endoscopia digestiva alta – a chamada endoscopia digestiva alta terapêutica. São exemplos de terapêutica endoscópica: a dilatação de estenoses do esôfago, do piloro ou do bulbo duodenal; a esclerose e a ligadura de varizes esofagianas; a hemostasia de úlceras sangrantes; a ressecção de pólipos (chamada de polipectomia) ou de parte da mucosa (chamada de mucosectomia); a remoção de corpos estranhos deglutidos (p.ex. moedas); e a colocação endoscópica de balão intragástrico para indução de perda ponderal.
JEJUM
No momento do exame, o estômago deve estar vazio, a fim de permitir o exame de suas paredes. Solicitamos que a última ingestão de alimentos tenha sido leve e há pelo menos 12 horas, que a ingestão de líquidos tenha sido suspensa há 8 horas e a de água há 2 horas.
MEDICAÇÃO
Pacientes em uso de medicação regular por Via Oral, podem mantê-la mesmo no dia do procedimento, devendo ser usada apenas pequena quantidade de água.
Exceções: Portadores de diabetes melitus em uso de insulina ou hipoglicemiantes orais são aconselhados a evitar o uso destes medicamentos na manhã do exame, e trazê-los para a Clínica, para que sejam administrados após a realização do procedimento e liberação da dieta.
O uso de antiácidos deve ser suspenso pelo mesmo período recomendado para o jejum de líquidos (8 horas).
O uso de antibióticos nas últimas seis semanas pode influenciar no resultado dos testes para a pesquisa do Helicobacter pylori. É importante, portanto, informar ao médico, no momento do exame, sobre o uso desses medicamentos.
Poucos minutos antes do procedimento, será solicitada a ingestão de solução contendo dimeticona e de N-acetilcisteína, para completar a limpeza da mucosa do trato digestivo superior.
O médico explicará o procedimento e esclarecerá as dúvidas. Pedirá informações sobre sintomas, sobre a razão pela qual este exame foi solicitado, resultados de exames semelhantes ou outros exames prévios que fizeram este exame necessário, sobre história de reações alérgicas a medicamentos ou reações paradoxais à sedação ou anestesia administradas anteriormente.
A enfermeira solicitará que sejam removidas próteses dentárias, óculos e objetos metálicos em contato com a pele. Será também removida a camisa ou blusa e colocado avental próprio para a realização do exame. O exame é realizado com o paciente deitado sobre o seu lado esquerdo.
A sedação é aplicada por via endovenosa, de forma fracionada e em quantidade individualizada. Ela permite que o paciente esteja relaxado e confortável durante todo o exame.
Como medida de segurança, é feita a monitorização contínua da saturação da hemoglobina pelo oxigênio (percentagem da hemoglobina ligada ao oxigênio) pela oximetria de pulso. Esta monitorização traduz a eficiência da respiração e da circulação sanguínea durante o procedimento.
Pouco antes do exame, é colocado anestésico local, na forma de spray, na orofaringe (garganta) a fim de impedir o reflexo de vômito. Com o paciente sedado, uma peça protetora – que chamamos de bocal – é colocada entre a arcada dentária superior e a inferior, de forma a manter sua boca aberta. Por dentro desse bocal é introduzido, delicadamente, o endoscópio. O endoscópio é colocado na hipofaringe (na garganta) e aguarda-se a sua deglutição, entrando-se, então, no esôfago.
O endoscópio não interfere com a respiração, não produz qualquer tipo de dor e não induz ao vômito.
O exame é confortável e dura 5 a 30 minutos. Contudo, poderá ser mais prolongado, quando associado a alguns procedimentos terapêuticos.
Após o término do exame, o paciente permanece em repouso por cerca de uma hora ou até que seja identificado o fim dos principais efeitos da sedação.
Nesse momento, pode haver ainda leve sensação de “dormência” ou “formigamento” na hipofaringe (garganta). É o fim do efeito do anestésico local, empregado para impedir o reflexo de vômito durante o procedimento endoscópico. Desse modo, não deve haver ingestão de sólidos ou líquidos nesse período de repouso.
Ao ser identificado que a deglutição da saliva processa-se normalmente, pode ser liberada a alimentação regular, exceto se instruído de outra forma pelo médico (p.ex. pode haver recomendação para restrição dietética após procedimentos endoscópicos terapêuticos).
Como o paciente recebe medicação de efeito sedativo, é necessário que esteja acompanhado, e que por todo o restante do dia do exame não dirija automóveis, não opere com máquinas, não tome decisões importantes e não ingira bebida alcoólica.
Caso tenha havido resseção endoscópica de pólipos (polipectomia) ou de parte da mucosa (mucosectomia), recomendamos que não seja feito uso do ácido acetilsalicilico (AAS) ou de outra droga que atue sobre o sistema da coagulação nos 14 dias subseqüentes ao procedimento.
A endoscopia digestiva alta pode resultar em complicações, tais como reações aos medicamentos empregados, perfurações e sangramento.
Estas complicações são muito raras: inferior a um evento a cada 5.000 procedimentos.
A possibilidade de complicação é maior no decorrer dos procedimentos endoscópicos terapêuticos.
Em Breve…
Em caso de dúvida após a realização do procedimento, o contato com a Clínica pode ser feito através dos telefones (21) 2432-1000 e (21) 2430-9250 ou pelo celular (21) 98777-1000 de Segunda a Sábado, das 8:00 h às 20:00 h.
Fora desse horário, em caso que seja julgado de emergência, disponibilizamos os telefones (21) 98777-1060 e (21) 98777-1040 para que seja feito contato. A senhora Elza e a enfermeira Patrícia terão condições de achar o médico da Pró-Vídeo responsável pelo atendimento para que ele retorne o contato.
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